Muitos ficam em dúvida sobre como avaliar o relatório de análise de óleo, sendo que ele é dividido em três pontos principais:

  • Elementos de desgaste: Determinam a presença de partículas oriundas do desgaste natural do equipamento.
  • Elementos de contaminação: Avaliam a presença de elementos externos ou internos que contaminam o óleo.
  • Elementos de aditivação: Identificam o estado físico e químico do produto, como falhas operacionais, abastecimento de óleo incorreto para aplicação e mistura.

Um dos primeiros pontos a serem checados é sobre de qual parte a amostra vem e o tipo de lubrificante. Dependendo de onde o óleo foi extraído, é possível avaliar os níveis de viscosidade, aditivos e acidez também.

Quais são os elementos de desgaste?

Quando há uma elevada concentração de qualquer um dos elementos abaixo, o relatório de análise de óleo está demonstrando que há um desgaste do equipamento analisado. Uma vez identificado, é possível intervir para corrigir o problema e prolongar a vida útil do equipamento.

Os elementos de desgaste são:

  • Alumínio
  • Chumbo
  • Cobre
  • Cromo
  • Estanho
  • Ferro
  • Manganês
  • Molibdênio
  • Níquel
  • Prata
  • Titânio
  • Vanádio

Elementos de Contaminação

Os principais elementos de contaminação são constituídos por:

  • Alumínio
  • Potássio
  • Silício
  • Sódio

Ao identificar uma alta concentração de dois ou mais elementos durante a análise de óleo, é possível avaliar que tipo de contaminação se faz presente. Quando há excesso de silício e alumínio, por exemplo, está indicando que há uma contaminação externa por poeira.

Já quando há uma alta concentração de alumínio e, relação ao silício, é necessário analisar vedações, filtros de ar e coletores de admissão. Por outro lado, se houver uma baixa concentração de silício quando comparado ao alumínio, as intervenções precisam ser direcionadas aos elementos de desgaste.

E quando há uma alta concentração de sódio, o relatório de análise de óleo está indicando que houve uma contaminação externa, porém quando esta é combinada com o potássio indica que houve uma contaminação interna por líquido arrefecedor.

Elementos de aditivação

Como dito anteriormente, os elementos de aditivação são importantes para identificar falhas operacionais nocivas aos componentes, o que inclui o abastecimento incorreto para aplicação e mistura. Este grupo é constituído por:

  • Bário: Aditivo detergente
  • Boro: Aditivo modificador de atrito
  • Cálcio: Aditivo detergente (mais comum)
  • Fósforo: Aditivo de extrema pressão
  • Magnésio: Aditivo detergente (mais comum)
  • Zinco e Fósforo: Aditivo antidesgaste

Revisão de relatório

Após a análise ser completada, nem sempre os problemas específicos são identificados, funcionando mais como um ponto de partida para uma análise mais aprofundada. De modo geral, as informações são organizadas em planilhas com números que indicam o resultado do teste.

O primeiro passo é identificar se aquele é mesmo o seu relatório de análise de óleo, certificando que o nome da empresa, tipo de lubrificante, fabricante e a máquina estão de acordo.

Após isso, é necessário avaliar os comentários do analista, ajudando a identificar quais são os reais problemas e indicando qual a melhor ação a ser tomada.

  • Revisando os resultados da viscosidade

O mais corriqueiro quando se trata da análise dos óleos, a viscosidade é considerada a propriedade mais importante do lubrificante. Quando há alguma anormalidade, as funções do equipamento podem ser prejudicadas, já que o calor e a contaminação também não são transportados nas quantidades adequadas, e o óleo não protege o componente de forma adequada. Isso pode levar a um processo mais rápido de desgaste, superaquecimento, ou a falha dele.

  • Medição de metais

O teste chamado de espectroscopia elementar determina a quantidade de contaminantes no óleo, já que uma quantidade elevada deles pode indicar que está havendo um desgaste anormal nos componentes.

  • Presença de água

Quando a água se faz presente no óleo, ela produz uma oxidação do componente e diminui a capacidade de manuseio de carga, pois ele é um elemento pobre e promove a ferrugem e a corrosão das superfícies de metal. Ela resulta em maior desgaste do componente, aumenta a fricção, e causa anormalidades na temperatura.

  • Contagem de partículas

Dependendo do desgaste do componente, ele produz micro partículas que podem ser detectadas com a análise de óleo. São seis gamas de tamanhos: superiores a 4, 6, 14, 25, 50 ou 100 microns. Ao monitorar esses valores, é possível identificar qual tipo de desgaste há no componente, mesmo que ele não indique quais são as partículas presentes.

  • Ferrografia analítica

O teste analítico de ferrografia compreende a fotomicrografia de detritos, que são categorizadas por tamanho, forma e metalurgia. De todos, este é considerado o mais subjetivo por analisar a composição e a forma para identificar eventuais problemas, e neste ponto é importante que o profissional esteja devidamente qualificado e que haja uma relação de confiança com o laboratório.

É importante realizar a análise de óleo periodicamente para prolongar a vida útil dos equipamentos. Ter uma noção do que o relatório está dizendo é importante para intervir na hora certa, maximizando a eficiência, e ajudando no empreendimento como um todo.

Gostou de saber mais sobre o próximo passo após a análise de óleo? Conheça o Diagnóstico de Manutenção Preditiva neste link.

 

 

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