Fundamental para o bom funcionamento dos equipamentos, os óleos atuam reduzindo o atrito entre as peças e prologando a vida útil de cada um dos componentes da máquina. No entanto, é necessário escolher o óleo certo para a sua máquina, já que há diferentes tipos para os diferentes propósitos.
Quais os usos do óleo lubrificante?
- Redução de atrito: Quando duas superfícies sólidas entram em atrito, ela gera desgaste da máquina. Esse problema é solucionado com o lubrificante adequado, já que este reduz o atrito, e consequentemente, prolonga a vida útil dos componentes.
- Refrigeração: Nos motores de combustão interna, o calor é transferido para o óleo, causando um sistema de arrefecimento.
- Limpeza: Nas turbinas de gás, os lubrificantes conseguem eliminar partículas oriundas da fricção de mancais, evitando que elas fiquem no fundo do tanque.
- Evita corrosões: Com a ação do tempo, é comum que haja corrosão e desgaste dos metais dentro das turbinas. O óleo lubrificante adequado pode prolongar a vida útil dos componentes ao evitá-las.
- Vedação: O óleo lubrificante adequado impede a entrada de contaminantes externos aos compartimentos das turbinas.
Óleos lubrificantes minerais ou sintéticos?
Basicamente, os óleos minerais têm sua origem em petróleos e passam por um processo de refinamento, resultando em três tipos básicos:
- Óleo a base parafínico: As parafinas demoram a oxidar mesmo tempo em temperaturas ambientes ou elevadas. Composto por hidrocarbonetos de parafina, a densidade é reduzida e há pouca sensibilidade a alterações de viscosidade e temperatura. Por outro lado, esse tipo de óleo não é indicado para temperaturas baixas, podendo sedimentar.
- Óleo mineral de base naftênico: Sendo o oposto do parafínifco, o naftênico é usado quando há necessidade de lubrificantes para baixas temperaturas. Ao invés de formarem uma estrutura molecular corrente, elas são feitas em ciclos. No entanto, é incompatível com materiais sintéticos e elastômeros.
- Óleo mineral misto: Como o nome diz, os componentes parafínicos e naftênicos são misturados em quantidades diversas, funcionando de acordo com a necessidade de aplicação.
Já os sintéticos são produzidos em laboratório, possuindo boa viscosidade e temperatura, pouca probabilidade de coqueificação em temperaturas mais altas, além de alta resistência. Neste caso, há cinco tipos de óleos:
- Hidrocarbonetos sintéticos: Fabricados a partir dos óleos minerais, eles eliminam impurezas e radicais livres dos óleos, deixando-os ainda mais estáveis a oxidação. Com hidrocarbonetos sintéticos, o índice de viscosidade pode chegar até 150.
- Poliolésteres: Um dos mais importantes da atualidade, os óleos poliolésteres são usados em fluidos de freios, óleos hidráulicos e fluidos de cortes, poli-alquileno-glicois, miscíveis ou não miscíveis em água.
- Diésteres: O mais utilizado, este tipo de óleo é famoso por resistir a grandes variações de temperatura e rotações muito elevadas.
- Silicone: Também resistentes a altas e baixas temperaturas, os óleos de silicone também são favoráveis quanto a viscosidade e demoram a “envelhecer”. São produzidos a partir do fenil-polisiloxanes e methil-polisiloxanes.
- Poliésteres perfluorados: Excelentes contra influências químicas, os poliésteres perfluorados podem suportar temperaturas de até 260º. Acima disso, eles tendem a craquear e liberam vapores tóxicos.
Nada em excesso é bom!
O lubrificante é um poderoso aliado para prolongar a vida útil de qualquer equipamento, mas quando usado em excesso pode ter o efeito oposto e causar falhas nas peças. Ele aumenta a vibração e o calor excessivo, o que pode causar falhas nos motores elétricos, inversão de roldanas, causando vazamento do produto ou a divisão entre a base e a graxa, além da possibilidade dos componentes aumentarem de temperatura e oxidarem, além de danos na vedação.
Em geral, o excesso de óleo nos componentes são oriundos da inexperiência dos técnicos, seja por desconhecimento ou apenas distração. Na maioria dos casos, os profissionais temem que haja pouca lubrificação na máquina, e acabam colocando óleo demais.
Para evitar que este erro aconteça, o profissional deve manter seu treinamento pessoal em dia, conferir rotineiramente as condições do óleo lubrificante da máquina, e ter muito cuidado na hora de aplicá-lo. Caso o excesso de óleo seja detectado, o especialista pode interromper a lubrificação ao perceber o aumento da pressão. Outro ponto é utilizar aplicadores com dosadores, diminuindo consideravelmente as chances de colocar pouco ou muito óleo.
Baixe nosso ebook sobre manutenção preditiva e saiba tudo sobre análise de vibração, ultrassom, inspeção visual e outras técnicas que preveem qualquer anormalidade na máquina.